Primeiro foi meu grande
amigo, que morreu como consequência da quimioterapia. Agora há pouco a notícia
pública da morte de Hebe Camargo, também, com certeza, como consequência do
tratamento da doença, se não por ela, pela ação dos medicamentos da
quimioterapia que além de debilitarem os pacientes, os vão matando
paulatinamente. Esse “sucesso” a medicina chama de sobrevida, comemorado aos
sete cantos.
Há alguns anos precisei
fazer um implante e escolhi um profissional renomado na minha cidade. Na cadeira
do dentista disse a ele que a evolução na área odontológica estava por conta da
engenharia e da eletrônica: a cadeira ficou mais bonita, além de eletrônica,
faz até massagem, os equipamentos periféricos são bem modernos, mas ele continua
arrancando dente de alicate (só que agora ele é bonitão, e de inox), tratando
carie do mesmo jeito que há 50 anos atrás e agora fixando pinos para implantes,
processo vindo da construção civil nas estruturas de arrimo e protendidas. Ou
seja, crescimento técnico para o paciente próximo do zero. Eu disse isso a ele,
e esperava que a essa altura do campeonato, onde o homem comanda um veículo-sonda à distancia, em Marte, onde vemos inúmeros armamentos de altíssima
tecnologia, que a medicina bucal já tivesse descoberto como os tubarões repõem
seus dentes, afinal perdem vários ao longo de suas vidas.
Na área do câncer a grande
descoberta seria como dizer ao nosso sistema imunológico que aquela célula é
cancerígena, pois a grande virtude dessas células é a capacidade de enganar o
nosso sistema imunológico. Bom, enquanto isso não chega, a quimioterapia vai
sendo usada e vai também causando muitas mortes; mas a tal da sobrevida é, como
dizem, o que interessa.
Em um boletim do Sírio Libanês
li uma informação vinda de uma pesquisa que 80% dos cadáveres masculinos acima
de 60 anos, quando autopsiados, apresentavam câncer de próstata; chamava a
atenção para a descoberta de um câncer, muitas vezes indolente, e dos
tratamentos a que os pacientes eram submetidos, onde muitas vezes a doença
maior era a consequência desses tratamentos.
Tenho que fazer uma Ressonância
a cada três meses, torcer para que meu organismo resista por 24 meses à
quimioterapia, pedir a Deus que esse envenenamento paulatino seja de alguma
forma tratado pelo meu corpo sem comprometimento de outras partes e rezar para
que a ciência muito em breve descubra o segredo do nascimento dos dentes do
TUBARÃO e da reposição do rabo da lagartixa.
Hoje tenho muito receio de
um retorno dessa doença, da aparição de outras como consequência dela. Mas
vamos para frente, pensamento positivo e manter a rotina.