terça-feira, 17 de setembro de 2013

Se eu quiser falar com Deus

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada

Do que eu pensava encontrar

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

NEM UM MINUTO DE TRÉGUA – QUE DOENÇA


Passei entre trancos e barrancos pela cirurgia e rádio do pescoço, duro, sumiu meu paladar, estou a quase zero de saliva, terei de usar fluor por um ano, se não quiser perder os dentes, metade do rosto tem barba a outra metade está igual a bunda nenê, mas estou vivo, disposto e novamente essa doença me jogou no chão.

Fiz um PET nesse mês de agosto e Ressonâncias do Pescoço e da Cabeça, e para minha surpresa e dos médicos novamente estou passando por um processo exclusivo, fui diagnosticado com:

“Lesão lítica hipermetabólica anterior na mastóide junto ao teto do conduto auditivo direito. Sugere-se, a critério clinico, correlação com os achados da ressonância magnética.”

Nenhum dos meus médicos se aventurou a emitir um parecer definitivo sem uma biopsia, pode ser um processo inflamatório no osso ou a doença incrustada nele.

Vou passar por uma biopsia, acredito que na próxima semana, que será tentada pelo ouvido, se não der certo vou abrir, como disse o médico, um furinho de nada na cabeça, que não é a dele óbvio.

As chances de ser o GBM são grandes, o histórico é mais favorável a isso do que um processo inflamatório e se assim o for, mudança geral no tratamento.

Altamente brochante essa situação, que Deus e Nossa Senhora Aparecida me acompanhem.