sábado, 29 de setembro de 2012

SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR O BICHO COME


Primeiro foi meu grande amigo, que morreu como consequência da quimioterapia. Agora há pouco a notícia pública da morte de Hebe Camargo, também, com certeza, como consequência do tratamento da doença, se não por ela, pela ação dos medicamentos da quimioterapia que além de debilitarem os pacientes, os vão matando paulatinamente. Esse “sucesso” a medicina chama de sobrevida, comemorado aos sete cantos.

Há alguns anos precisei fazer um implante e escolhi um profissional renomado na minha cidade. Na cadeira do dentista disse a ele que a evolução na área odontológica estava por conta da engenharia e da eletrônica: a cadeira ficou mais bonita, além de eletrônica, faz até massagem, os equipamentos periféricos são bem modernos, mas ele continua arrancando dente de alicate (só que agora ele é bonitão, e de inox), tratando carie do mesmo jeito que há 50 anos atrás e agora fixando pinos para implantes, processo vindo da construção civil nas estruturas de arrimo e protendidas. Ou seja, crescimento técnico para o paciente próximo do zero. Eu disse isso a ele, e esperava que a essa altura do campeonato, onde o homem comanda um veículo-sonda à distancia, em Marte, onde vemos inúmeros armamentos de altíssima tecnologia, que a medicina bucal já tivesse descoberto como os tubarões repõem seus dentes, afinal perdem vários ao longo de suas vidas.

Na área do câncer a grande descoberta seria como dizer ao nosso sistema imunológico que aquela célula é cancerígena, pois a grande virtude dessas células é a capacidade de enganar o nosso sistema imunológico. Bom, enquanto isso não chega, a quimioterapia vai sendo usada e vai também causando muitas mortes; mas a tal da sobrevida é, como dizem, o que interessa.

Em um boletim do Sírio Libanês li uma informação vinda de uma pesquisa que 80% dos cadáveres masculinos acima de 60 anos, quando autopsiados, apresentavam câncer de próstata; chamava a atenção para a descoberta de um câncer, muitas vezes indolente, e dos tratamentos a que os pacientes eram submetidos, onde muitas vezes a doença maior era a consequência desses tratamentos.

Tenho que fazer uma Ressonância a cada três meses, torcer para que meu organismo resista por 24 meses à quimioterapia, pedir a Deus que esse envenenamento paulatino seja de alguma forma tratado pelo meu corpo sem comprometimento de outras partes e rezar para que a ciência muito em breve descubra o segredo do nascimento dos dentes do TUBARÃO e da reposição do rabo da lagartixa.

Hoje tenho muito receio de um retorno dessa doença, da aparição de outras como consequência dela. Mas vamos para frente, pensamento positivo e manter a rotina.

 

8 comentários:

  1. Pessimismo? Fiquei tão triste.... Você vai resistir sim. Como você está?

    ResponderExcluir
  2. Ótimo, mas com as antenas ligadas e me capacitando para a tomar a decisão que oportunamente eu achar melhor para mim.

    ResponderExcluir
  3. André Luiz,
    Fico muito feliz em ver e saber que você ainda escreve em seu blog e mais feliz ainda de ver que existem pessoas interessadas em seus relatos.
    Acompanho seu tratamento e "suas" vitórias, que também são nossas, de sua família.
    Você está reagindo muito positivamente ao tratamento e a cada mês, uma nova vitória. Continue escrevendo e falando sobre suas impressões sobre tudo isto, pois com certeza, seus relatos são tão ou mais importantes do que aqueles "clichês" de médicos que são acostumados a lidar com essa doença, mas no fundo não a possui.
    Só quem passa e vive essa realidade pode traduzir em palavras esses sentimentos.
    Continue atualizando seu blog, porque ele será muito importante para aqueles, que como você, se encontram submergidos neste turbilhão de sensações, medos, esperanças e, principalmente, FÉ.
    Um grande beijo de sua irmã que te ama e te adimira muito.
    AT

    ResponderExcluir
  4. André!
    Siga na luta!
    Confiança e apego aos que te amam, sugue essa energia positiva deles!
    Quanto as pessoas que vc conversaste (pacientes que convivem com GBM ha mais de 10 anos e médicos com pacientes que também vivem longo tempo) algum fator comum? Alguma terapia alternativa em comum?
    Meu pai faz uso de babosa e chá verde!
    Hoje ele está de aniversario! 63 anos, 7 meses de diagnóstico, tudo correndo bem!
    Um forte abraço!
    Daiana

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Diana,vc ja leu o material do Dr Ben Willians?
      Ele trata de muitos " tratamentos alternativos"..lembrando que de forma alguma se deve parar de fazer o convencional...
      Em relação ao Aveloz, acho q vc deva procurar por Boris Slavic...ele fornece a planta de graça.
      O alcool perilico esta se mostrando um tratamento otimo para a recidiva de GBM.Deve - se procurar o Dr Clovis da UFF no Rio de Janeiro.tem uma materia do globo news saude falando exclusivamente do alccol perilico e do GBM.O paciente tratado na materia usa desde 2006 ele tinha um tumor de + - 9 cm e hj tem menos de 1cm.

      Alexandre

      Excluir
  5. Diana

    Eu ainda não conheci ninguém que tenha se tratado apenas no alternativo, aliás um dos que conheci que está vivo até hoje, teve a primeira cirurgia realizada no ano de 2000, já fez três cirurgias e se tratou na quimio convencional, pois a época não existia o TEMODAL. Através de conhecidos fiquei sabendo que na Petrobras da minha cidade, Salvador/BA, existem algumas pessoas que tiveram essa doença e por algum tipo de incompatibilidade com o TEMODAL passaram a usar a BABOSA e deu certo, assim foram os relatos.Existe também o AVELOZ e uma farmácia em Brasília faz a manipulação.

    No início eu tomei conjuntamente ao tratamento convencional a Babosa, mas não sei se foi isso, senti tonturas, enjoos fortíssimos,uma coçeira incontrolável e por isso terminei optando,como único tratamento, para essa etapa, o que determina a medicina convencional, ou seja TEMODAL. Hoje penso que após o término do tratamento com TEMODAL, vou tomar as três garrafadas de babosa, como se chama, por ano e tudo que aparecer, dito como eficaz, claro que avaliano antes. Desejo a seu pai muitos anos ainda de vida e saude. Abraços

    ResponderExcluir
  6. Alexandre e André,
    Já li o material do Ben, e já entramos em contato com o Dr. Clóvis caso haja uma recidiva.
    Em hipótese alguma o tratamento convencional será deixado de lado.
    Questiono justamente sobre tratamentos COMPLEMENTARES.
    O pai fez uso de babosa 25 dias por mês, parando nos dias do Temodal.
    Agora ele iniciou acupuntura e Pilates, além de retomar as caminhadas.
    Quanto ao Aveloz, irei em busca de mais informações.
    Feliz ao saber que a sua RNM mostrou bons resultados, André!
    Vamos lutar e viver!
    Abraço,
    Daiana.

    ResponderExcluir